Ferenc Puskás, Zoltán Czibor, Sándor Kocsis, Nándor Hidegkuti. Esses nomes citados anteriormente podem parecer estranhos para alguns, mas foram parte de uma das seleções que mais encantaram o futebol em todos os tempos, a histórica equipe do anos 50 que encantou o mundo no começo da década, conquistando a medalha de ouro nas Olimpíadas de 1952 em Helsinque, Finlândia, e o vice da Copa do Mundo de 1954, realizada na Suíça, após na decisão do Mundial, chegar a estar ganhando por 2 a 0, permitindo a reação alemã, que no final ganhou por 3 a 2 e conquistou seu primeiro mundial. Parte da frustração deveu-se ao fato de que os dois times já haviam se enfrentado na Copa, na primeira fase, e os magiares esmagarem os germânicos por 8 x 3, a tal virada na final ficaria conhecida como Milagre de Berna.
Como diz o bom e velho ditado: um grande time começa por um grande goleiro e no caso dessa seleção húngara não era diferente, visto que tinha em suas metas um dos melhores goleiros de todos os tempos, Gyula Grosics, conhecido pela alcunha de Fekete Párduc, traduzindo do húngaro para o português, como Pantera Negra (devido aos uniformes de cor preta, tanto camisas, como calções, ao estilo do lendário Lev Yashin).
Nascido no dia 4 de fevereiro de 1926 em Dorog, Grosics iniciou sua carreira em 1945 pelo Dorogi Bányász, onde ficou por 2 anos, até se transferir para o MATEOSZ Budapest onde jogaria por mais duas temporadas. O goleiro teve ainda uma passagem pelo Teherfuvar, de apenas uma temporada saindo em 1950, aos 24 anos de idade. Duas curiosidades sobre ele são: uma é a que sua mãe não desejava que ele jogasse futebol e que optasse pelo sacerdócio, enquanto a outra é que durante a Segunda Guerra Mundial, ele brevemente lutou pelo Eixo (que tinha o comando da Itália fascista de Mussolini e da Alemanha nazista de Hitler) sendo capturado por forças americanas.
Em 1950 chegou a equipe do Honvéd, de Bucareste. Em 1947 ele havia feito sua estreia pela seleção de seu país e participou da série invicta da seleção húngara, que se iniciaria em 1948 e só encerraria ao final do mundial de 1954. Acusado de espionagem e traição pelo serviço secreto da Hungria Grosics foi banido da seleção de seu país entre 1949 e 1951, ficando em prisão domiciliar durante esse tempo.
Durante as Olimpíadas de Helsinque em 1952 se sagrou campeão olímpico e em 1954 vice campeão mundial, após perder a final para a Alemanha Ocidental. Mesmo com a derrota, foi eleito o melhor goleiro do torneio.
Com a Revolução Húngara de 1956, Grosics e sua família fugiram do paí iniciar uma nova vida. No entanto, eles foram obrigados a retornar a Hungria. Ao voltar, foi transferido para Tatabánya Bányász SC onde atuou até o ano de 1962, onde no ano seguinte iniciaria sua carreira como treinador.
Como treinador, Grosics treinou além do Bányasz, a seleção do Kuwait, o KSI e o Salgótarjáni BTC.
No ano de 2008, aos 82 anos foi homenageado pelo Ferencváros, time pelo qual o goleiro era grande admirador e que não chegou a vestir a camisa 1 das águias verdes por decisão das autoridades húngaras, devido ao seu comportamento sempre crítico e controverso ao governo e para homenageá-lo, o Ferencváros agendou um amistoso contra o Sheffield United para que, pelo menos uma vez, Grosics tivesse seu nome escrito na súmula; aos 82 anos, envergando o célebre uniforme preto e com os cabelos brancos penteados cuidadosamente para trás, deu um toque na bola antes de ceder seu lugar a Ádám Holczer.
Em 12 de julho de 2014, foi internado com complicações cardíacas e pulmonares, vindo a falecer no dia seguinte, aos 88 anos.
O penúltimo dos Mágicos Magiares a falecer deixou um imenso legado na história, sendo o quinto jogador com mais partidas por sua seleção e embora tivesse apenas 1,79m, altura longe da ideal para a posição, ele compensava sua baixa estatura com excelente impulsão, segurança nas defesas e aguçado senso de antecipação. O grande diferencial, porém, estava na habilidade com os pés, digna dos melhores jogadores de linha, tanto que a ele é creditado o desenvolvimento dos chamados "goleiros líberos" ou "falsos líberos". Tal destreza lhe permitia exercer a função de primeiro homem da saída de bola do time, afastando-se do gol (até então, os arqueiros ficavam confinados à pequena área, de modo completamente ortodoxo).
Nascido no dia 4 de fevereiro de 1926 em Dorog, Grosics iniciou sua carreira em 1945 pelo Dorogi Bányász, onde ficou por 2 anos, até se transferir para o MATEOSZ Budapest onde jogaria por mais duas temporadas. O goleiro teve ainda uma passagem pelo Teherfuvar, de apenas uma temporada saindo em 1950, aos 24 anos de idade. Duas curiosidades sobre ele são: uma é a que sua mãe não desejava que ele jogasse futebol e que optasse pelo sacerdócio, enquanto a outra é que durante a Segunda Guerra Mundial, ele brevemente lutou pelo Eixo (que tinha o comando da Itália fascista de Mussolini e da Alemanha nazista de Hitler) sendo capturado por forças americanas.
Em 1950 chegou a equipe do Honvéd, de Bucareste. Em 1947 ele havia feito sua estreia pela seleção de seu país e participou da série invicta da seleção húngara, que se iniciaria em 1948 e só encerraria ao final do mundial de 1954. Acusado de espionagem e traição pelo serviço secreto da Hungria Grosics foi banido da seleção de seu país entre 1949 e 1951, ficando em prisão domiciliar durante esse tempo.
Durante as Olimpíadas de Helsinque em 1952 se sagrou campeão olímpico e em 1954 vice campeão mundial, após perder a final para a Alemanha Ocidental. Mesmo com a derrota, foi eleito o melhor goleiro do torneio.
Com a Revolução Húngara de 1956, Grosics e sua família fugiram do paí iniciar uma nova vida. No entanto, eles foram obrigados a retornar a Hungria. Ao voltar, foi transferido para Tatabánya Bányász SC onde atuou até o ano de 1962, onde no ano seguinte iniciaria sua carreira como treinador.
Como treinador, Grosics treinou além do Bányasz, a seleção do Kuwait, o KSI e o Salgótarjáni BTC.
Lev Yashin e Gyula Grosics, dois dos melhores goleiros da história do futebol. |
Em 12 de julho de 2014, foi internado com complicações cardíacas e pulmonares, vindo a falecer no dia seguinte, aos 88 anos.
O penúltimo dos Mágicos Magiares a falecer deixou um imenso legado na história, sendo o quinto jogador com mais partidas por sua seleção e embora tivesse apenas 1,79m, altura longe da ideal para a posição, ele compensava sua baixa estatura com excelente impulsão, segurança nas defesas e aguçado senso de antecipação. O grande diferencial, porém, estava na habilidade com os pés, digna dos melhores jogadores de linha, tanto que a ele é creditado o desenvolvimento dos chamados "goleiros líberos" ou "falsos líberos". Tal destreza lhe permitia exercer a função de primeiro homem da saída de bola do time, afastando-se do gol (até então, os arqueiros ficavam confinados à pequena área, de modo completamente ortodoxo).
- TÍTULOS POR CLUBES: Campeonato Húngaro (1950, 1952,1954 e 1955) todos os títulos pelo Honved.
- TÍTULOS PELA SELEÇÃO: Campeão da Copa dos Balcãs (1947), Campeão Olímpico (1952), Campeão da Europa Central (1953) e Vice Campeão do Mundo (1954)
- TÍTULOS INDIVIDUAIS: Jogador do Ano na Hungria (1949 e 1950), Melhor goleiro da Copa do Mundo de 1954.