sábado, 26 de setembro de 2015

Alisson Becker: O futuro do gol da seleção brasileira em boas mãos?

É inegável a brilhante fase vivida por Alisson Becker, goleiro do Internacional. No jogo do meio de semana, válido pelas quartas de final da Copa do Brasil diante do Palmeiras, foi o grande nome do jogo com grandes defesas, uma inclusive em pênalti cometido por ele em Gabriel Jesus e que seria desperdiçado pelo paraguaio Lucas Barrios, evitando uma derrota do time colorado em Porto Alegre.
Alisson defende o pênalti de Barrios no jogo contra o Palmeiras. 
Nascido no dia 2 de outubro de 1992, o irmão mais novo do também goleiro do Internacional, Muriel, iniciou sua carreira nas categorias de base do time colorado e só teria oportunidades no time profissional no ano de 2013, quando estreou em partida válida pelo Campeonato Gaúcho contra o Cruzeiro e só viria a se firmar como o titular na meta do time após uma expulsão do goleiro Dida, então titular do Inter, no final de 2014, quando o time ainda era treinado por Abel Braga. 


Desde então, o natural de Novo Hamburgo só cresceu em sua carreira. Destaque no elenco campeão gaúcho em 2015 e semifinalista da Libertadores da América, com papel decisivo em inúmeras partidas do colorado, Alisson também vem sendo um dos pilares do time que luta pelo título da Copa do Brasil e que ocupa a 7ª colocação no Brasileirão, ainda com chances de conseguir vaga na Libertadores. 

Presença na seleção brasileira desde as categorias de base, recebeu sua primeira convocação para a equipe principal do Brasil para os amistosos diante de Costa Rica e Estados Unidos, em agosto desse ano, além de ter sido convocado para os dois primeiros jogos para a Eliminatória Sul Americana para a Copa do Mundo de 2018, na Rússia. 

Convocado pela primeira vez em agosto desse ano, Alisson não teve a oportunidade de atuar pela seleção principal do Brasil.
A Roma se mostrou interessada no goleiro, que tem contrato até o final de 2016, porém o time da capital italiana optaria pelo empréstimo do polonês Szczesny junto ao Arsenal. A excelente fase e o potencial desenvolvido para um goleiro de apenas 21 anos é algo a se observar. Imponente na saída de bola aérea, em lances de 1 contra 1 e em lances de bola parada (com bom aproveitamento em defesas de pênalti), tem melhorado a cada jogo em fundamentos como o domínio dos pés (exigência cada vez mais pedida entre os grandes goleiros), Alisson tem se mostrado como o principal goleiro no chamado "ciclo de renovação" para o mundial de 2018.

No Brasil a questão goleiro é uma que pouco preocupa Dunga, visto que ainda temos Jefferson, Victor e Marcelo Grohe em primeiro plano. Neto e Diego Alves aparecem um pouco atrás (um está na Juventus onde tem sido reserva de Buffon e o outro lesionado e que quando voltar ainda terá a concorrência do australiano Mat Ryan), mas todos goleiros que chegariam com plenas condições de jogar um mundial. 

Cabe a Dunga testar o goleiro nos próximos amistosos, visto que muito dificilmente o treinador abrirá mão de Jefferson como o titular do Brasil durante as Eliminatórias. A concorrência pela segunda vaga, entre Grohe e Alisson, curiosamente goleiros dos times rivais de Porto Alegre é que será a grande questão durante esse novo ciclo pós Copa e Copa América. Grohe vem sendo o virtual primeiro reserva de Jefferson e sai na frente do goleiro do Internacional no momento atual.


Se mantiver a grande fase, podemos afirmar com toda certeza que o futuro do gol da seleção brasileira está muito bem encaminhado para os próximos 10 ou 15 anos com Alisson, goleiro que soube aproveitar as oportunidades que teve no Internacional e sonha em brilhar na seleção de seu país, tal qual seu grande ídolo e referência, Taffarel, hoje preparador de goleiros do Brasil e um dos grandes ídolos da história do Internacional e da seleção brasileira.

Fiquem com um vídeo de boas intervenções do goleiro do Internacional durante essa temporada. Até a próxima postagem!

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