sexta-feira, 29 de novembro de 2013

O "kamikaze" italiano

O termo kamikaze tem origem japonesa e significa vento divino. O nome era dado aos piloto de aviões japoneses carregados de explosivos cuja missão era a de realizar ataques suicidas contra navios dos Aliados, liderados pelos Estados Unidos, nos momentos finais da campanha do Pacífico na Segunda Guerra Mundial.

A palavra de origem japonesa, seria justamente o apelido de um dos grandes goleiros da história do futebol italiano: Giorgio Ghezzi.


Nascido em Cesenatico, no ano de 1930, o goleiro começou sua carreira jovem, aos 17 anos de idade pelo time de sua cidade. Suas boas atuações levaram ele a ser contratado pelo Rimini no ano seguinte, para a disputa da terceira divisão italiana. Pelo Rimini, jogaria 2 anos, até o ano de 1949, quando se transferiria para o Modena.

O Modena jogava a segunda divisão e logo Ghezzi passou a se destacar bastante pela equipe, sendo considerado um dos melhores goleiros da Série B italiana. Seu prestígio rendeu a ele uma quase ida a Juventus, porém, ele preferiria no ano de 1951 defender a Internazionale de Milão, seu clube de coração.


Pela Inter, jogaria por quase uma década, faturando dois títulos do Calcio. Sua figura era conhecida como polêmica, de personalidade forte e que não levava desaforo para casa. Um desses fatos era a rivalidade com outro goleiro Lorenzo Buffon (primo do avô de Gianluigi Buffon) que na época era ídolo do rival, Milan, inclusive, a esposa de Lorenzo teria sido ex-namorada de Ghezzi, a falecida atriz e apresentadora italiana Edy Campagnoli.

Ghezzi ganharia na Inter o apelido de kamikaze, devido as suas saídas nos pés dos atacantes, de forma arrojada, porém muitas vezes, imprudente, tanto é que algumas vezes ele se lesionava de forma até séria. Além disso, jogaria o mundial de 1954 como o titular da seleção italiana, que seria eliminada pela Suíça, dona da casa, ainda na primeira fase. Outra característica marcante de Ghezzi era o fato dele ser um estudioso das estratégias dos adversários, chegando até a espionar cobranças de pênaltis de jogadores do Milan, quando defendia a Inter.


A saída da Inter foi no ano de 1958. Ghezzi passou a defender a equipe do Genoa, onde ficou por uma temporada apenas, até que em 1959 seria contratado pelo Milan, tive que ele durante tanto tempo jogou contra. Foram 6 anos no Milan, onde faturaria um Calcio e uma liga dos Campeões, no ano de 1962, contra o Benfica de Eusébio.

Após sua aposentadoria em 1965, passaria a exercer o cargo de treinador, no Genoa, mas por pouco tempo, devido a crises internas, que inclusive envolveriam dopping de alguns atletas.

Depois de encerrar definitivamente sua carreira no futebol, passaria a se dedicar a investimentos imobiliários na Itália, construindo albergues, hotéis, etc.

Faleceu no ano de 1990, vítima de parada cardíaca, aos 90 anos de idade.

A seguir, um vídeo de uma excelente partida do kamikaze italiano, contra a Roma. Espero que tenham gostado dessa postagem e até a próxima!

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Goleiros Históricos #8 - Rüştü Reçber

A Turquia não vai a um mundial desde 2002, quando conseguiu uma inédita e bastante improvável terceira colocação naquele mundial. Um dos grandes personagens daquela seleção foi o goleiro Rüştü Reçber, que será tema do Goleiros Históricos de hoje.

Rustu nasceu no ano de 1973 em Antalaya. Filho de um comerciante, começou a jogar futebol no ano de 1985. Assim como muitos goleiros, começou como atacante, mas devido a boa estatura, veio a ser o goleiro do time amador de sua cidade. Rustu cita o goleiro espanhol Andoni Zubizarreta como uma de suas grandes referências.

No ano de 1990 o então goleiro de um time amador receberia um recado de um vitorioso treinador, que afirmou ao jovem goleiro: "você será o melhor goleiro turco da história." esse treinador que viria a afirmar isso foi Fatih Terim, lendário treinador turco, que na época treinava a seleção sub-21. Provavelemente Terim teria ouvido o preparador de goleiros Fenerbahçe na época, o romeno Ilie Datcu, que teria dado excelentes recomendações sobre o jovem Rustu.

Em 1991 e 1993 ele jogaria no Antalayaspor,que na época era da segunda divisão turca. Convocado para as seleções de base de seu país, suas boas atuações chamariam a atenção dos três times mais importantes da Turquia: Galatasaray, Fenerbahçe e Besiktas. Rustu inclusive, teria assinado um pré contrato com o Besiktas, porém, um grave acidente de carro sofrido em 1993, que vitimaria seu companheiro de equipe, Levent Tekne, representaria de certa forma uma mudança na vida de Rustu, que passaria um bom tempo na UTI e em consequência disso, não assinaria com o Besiktas.



Em 1994, iria para a equipe do Fenerbahçe, porém, inicialmente não teria grandes oportunidades, devido a inexperiência, associada a boa fase do então titular Engin İpekoğlu. Devido a isso,seria emprestado ao ex-time, o Antalayaspor, por uma temporada. Porém, uma lesão de İpekoğlu em 1995 levaram a diretoria do Fenerbahçe a trazer Rustu de volta ao Fenerbachçe. A partir daí, foram 9 incontestáveis anos servindo aos Canários de Istambul, onde ele viria a faturar 2 campeonatos nacionais e uma Copa da Turquia, além de participar de torneios de grande porte continental em quase 300 partidas disputadas.


Naquele mesmo ano, as boas atuações levaram o goleiro a ser convocado para sua seleção pela primeira vez, porém, sem atuar ainda. O goleiro viria a ser convocado para a seleção que disputaria a Euro em 1996 na Inglaterra. O mesmo Fatih Terim, que elogiaria Rustu, seria seu treinador naquela competição e apostaria no goleiro de 23 anos para ser o titular da Turquia, na primeira participação da equipe em na Eurocopa. Porém, a campanha turca não foi das melhores. 3 derrotas e 5 gols sofridos, em um grupo que contava ainda com Portugal, Croácia e Dinamarca.



A Turquia não obteria classificação para o Mundial de 98, mas voltaria a Euro em 2000, com um time mais experiente. Rustu já com mais maturidade seria peça chave na boa campanha da equipe, que só viria a ser eliminada nas quartas de final, frente a seleção de Portugal. O time perderia dois jogos, venceria um e empataria outro, naquela que era a melhor campanha da equipe na história do torneio europeu.


Faltava apenas uma coisa para Rustu: disputar uma Copa do Mundo, sonho que só pode ser realizado em 2002, na Coreia e no Japão, 48 anos depois da primeira participação turca em mundiais, em 54, na Suíça. O grupo turco era composto por Brasil, Costa Rica e China. 


Rustu foi impecável na incrível campanha turca. O time, só perderia 2 vezes naquela copa e justamente as duas vezes contra o Brasil, no primeiro jogo e na semifinal. O goleiro turco foi eleito o segundo melhor do torneio, ficando na seleção ideal, atrás apenas de Oliver Kahn. Uma de suas marcas mais registradas naquele mundial foi a pintura que fazia no rosto, para evitar o reflexo da luz, assim como fazem os jogadores de futebol americano.



Após a fantástica campanha no mundial, Rustu foi contratado pelo gigante Barcelona, que necessitava de um bom goleiro, depois de insucessos com Roberto Bonano e Ruud Hesp. Porém, mais uma lesão viria a prejudicá-lo. Além disso, muitos afirmam que o então treinador Frank Rijkaard, não gostava do fato de Rustu não saber falar espanhol, o que teoricamente, prejudicaria seu desempenho em campo e assim treinador holandês optaria pelo jovem Valdés. Foram apenas quatro jogos na equipe Blaugrana. 


O turco voltaria ao Fenerbahçe, inicialmente por empréstimo, mas logo foi contratado em definitivo. De 2004 a 2007 conquistaria mais dois títulos nacionais, antes de se transferir, justo para um dos maiores rivais do Fenerbahçe: o Besiktas. Isso devido a não renovação de contrato e também devido a ascenção de Volkan Demirel, que seria o titular do Fenerbahçe na temporada seguinte.



No Besiktas, viveu excelentes momentos. Faturou mais títulos pelo Besiktas, mas não voltaria a disputar um mundial, apenas mais uma Euro, em 2008, que viria a ser inesquecível para ele.


Rustu já não era mais o titular da seleção turca, posto que era de Volkan Demirel. Porém, devido a expulsão dele contra a República Tcheca, levaram a Rustu a ser o titular da equipe turca nas quartas de final, contra a Croácia, na qual ele foi jogador chave nas cobranças de pênaltis, classificando a Turquia pela primeira vez as semifinais do torneio continental. O time seria vencido pela Alemanha nas semifinais e Rustu após da partida diria um primeiro "adeus" a seleção turca.


Após um tempo sem ser chamado e com a lesão de Demirel, Rustu volta a ser convocado nas eliminatórias para a Copa de 2010 e em 2012 contra a Finlândia faz seu último jogo pela seleção de seu país e ainda no mesmo ano, anunciaria sua aposentadoria definitiva do futebol, aos 39 anos de idade.


Pelé, colocou Rustu no FIFA 100, lista dos 123 melhores futebolistas ainda vivos no ano de 2004, além dele outro turco, Emre, foram colocados na lista.

Frio, arrojado, líder, excelente nas bolas altas e tem na saída do gol. Essas foram marcas registradas do melhor goleiro turco da história, não só para Fatih Terim, mas para todos os que acompanharam a marcante carreira desse grande jogador.

Fiquem com um vídeo de grandes defesas dele e com o do jogo de sua despedida. Espero que tenham gostado da postagem!



segunda-feira, 25 de novembro de 2013

5 possíveis nomes para o gol do Schalke

O Schalke 04 vive uma crise com seus goleiros desde a saída de Manuel Neuer, em 2011.

Após sua saída, o primeiro goleiro a ser utilizado foi Ralf Fährmann, formado nas categorias de base do Schalke e que estava no Eintratch Frankfurt. Voltou bem, conquistando inclusive a Supercopa da Alemanha, onde foi decisivo na disputa por pênaltis. Porém, a irregularidade e lesões, levaram o goleiro ao banco de reservas, perdendo a posição para o experiente Timo Hildebrand(o atual titular), que vive péssimo momento no Schalke, após seguidas falhas. Outro goleiro que não vive um bom momento por lá é o jovem Lars Unnerstall, formado na base do Schalke e que não conseguiu substiuir bem nem Hildebrand nem Fährmann.

Os três goleiros atuais goleiros do Schalke atravessam momentos não tão bons, que até remetem ao momento vivido pelos atuais goleiros do Vasco da Gama
Há algumas semanas, jornais alemães anunciaram que em 2014, na janela de inverno, um goleiro será contratado pelo Schalke. Na postagem de hoje, analisei 5 nomes especulados e prováveis para assumir a meta dos Azuis Reais.

IKER CASILLAS

Motivo da ida para o Schalke: Insatisfação com o rodízio ocorrido no Real Madrid entre ele e Diego López

Casillas não parece satisfeito com o revezamento promovido por Carlo Ancelotti no Real Madrid. Por esse motivo, uma provável ida para o Schalke, clube que inclusive teve outro ídolo do Real Madrid, Raúl, a algumas temporadas atrás, seria uma excelente escolha para o capitão da seleção espanhola, que visa atuar na temporada, afim de manter sua titularidade na sua seleção e mostrar porque ainda é um dos melhores goleiros do mundo. Sua experiência seria essencial no elenco Azul Real.

JÚLIO CÉSAR

Motivos da ida para o Schalke: Jogar em um time de um campeonato competitivo, pois está parado, sem atuar pelo QPR da segunda divisão inglesa, além disso, viria a custo zero.

Júlio já está garantido por Felipão no Mundial de 2014. Porém, precisa atuar, assim como Casillas, afim de confirmar sua titularidade na seleção brasileira. Sem atuar no QPR, viria liberado de graça, dado que o time pretende reduzir custos com diversos jogadores, incluisve Júlio. O goleiro com passagem vitoriosa na Inter de Milão, também é cotado para ir ao Manchester City, devido as más atuações de Joe Hart.

RON ROBERT-ZIELER

Motivo da ida para o Schalke: Jogar em mais competitivo que o seu atual, jogando torneios como Liga dos Campeões, aumentando assim a possibilidade da ida para o Mundial.

Zieler é um dos grandes nomes da equipe do Hannover 96, mas vê sua ida para o Mundial de 2014 de certa forma ameaçada, devido a boas atuações de Roman Weidenfeller e de René Adler, que o colocariam apenas como a quarta opção de Joachim Löw. Seu contrato com o Hannover se encerra em 2015, porém, uma cláusula em seu contrato poderia fazer com que o goleiro, formado nas categorias de base do Manchester United, chegue ao Schalke na janela de inverno.

TIM WIESE

Motivo para a ida para o Schalke: Não vem sendo aproveitado pelo Hoffenheim, onde perdeu a titularidade para o belga Koen Casteels.

Desde sua saída do Werder Bremen, onde foi ídolo durante muito tempo, Tim Wiese não recuperou o bom futebol apresentado nos tempos de Bremen. Na temporada anterior, concedeu 25 gols em 10 jogos, o que fizeram com que o Hoffenheim trouxesse o brasileiro Gomes por empréstimo junto ao Tottenham Hotspurs, e depois disso, investissem no jovem belga Casteels, que vive um excelente momento. Uma ida para o Schalke resgatariam de certa forma o prestígio do experiente goleiro, que a muito tempo não vem tendo bons momentos no futebol.

FABIAN GIEFER

Motivo da ida para o Schalke: A possibilidade de atuar em um time de primeira divisão, além de chegar a custo zero.

Giefer foi um dos raros destaques da fraca campanha do Fortuna Dusseldorf, no rebaixamento da temporada passada na Bundesliga. O goleiro é um dos nomes mais especulados para os Azuis Reais, desde a temporada passada. Giefer é um jogador de extrema qualidade para diversos times da primeira divisão, tanto é que o Borussia Mönchengladbach, temendo a possibilidade de perder Ter Stegen para o Barcelona, vê em Giefer um bom substituto. Além disso, seu time, o Fortuna, tem em seu elenco Michael Rensing, ex-Colônia e Bayern de Munique, o que facilitaria na liberação do ex-goleiro do Bayer Leverkusen.


Esses foram alguns dos nomes especulados e sondados pelo Schalke. Espero que tenham gostado dessa breve analise de cada um deles, onde busquei analisar cada um dos jogadores de forma imparcial e coerente.

sábado, 23 de novembro de 2013

Um formal agradecimento

A postagem é simples e bem objetiva.

O blog Crônica de Goleiro alcançou no dia de hoje 10000 vizualizações. Do dia 29 de dezembro de 2012 até o dia 23 de novembro de 2013, ou seja em menos de 1 ano.

Foram 76 postagens publicadas, sempre com o mesmo objetivo: falar um pouco sobre o curioso mundo dos goleiros, suas peculiaridades, análises de jogadores, enfim. 

Tenho recebido diversas críticas construtivas sobre o blog, além de diversas sugestões. Isso é extremamente gratificante para mim, falar sobre um tema que eu tanto gosto e receber um respaldo que jamais imaginaria.

Meu muito obrigado. Aos leitores que acompanham este humilde blog, sem tantos recursos técnicos, mas que busca sempre passar algum tipo de informação construtiva para os leitores.

Lembro do primeiro post do blog, onde disse: "Decidi mudar esse tema do blog(que seria algo sobre futebol em geral), pois vi que o interesse por falar mais sobre o que eu sei sobre a posição cresceu. Creio que essa foi a escolha certa, para esse sucesso.

Muito obrigado, de coração, a cada um que de alguma forma lê ou acha interessante os temas abordados aqui no blog!

Daniel Davari: Um alemão em busca da titularidade do Irã

O recém promovido Eintracht Braunschweig busca se manter na Bundesliga com as peças que tem em seu modesto elenco. O time que foi segundo colocado na segunda divisão na temporada passada, tem diversos bons jogadores em seu elenco, um deles em especial, tem se destacado bastante por salvar em inúmeras ocasiões a equipe de Braunschweig. 

Daniel Davari é o jogador o qual se referi no parágrafo anterior. Nascido na Alemanha, filho de mãe alemã com descendência polonesa e de pai iraniano, iniciou sua carreira nas categorias de base do TSG Gießen-Wieseck em 2002, time de sua cidade natal, Gießen. Se transferiria ainda na base para o Mainz 05 no ano de  2004 e ficaria por lá até o ano de 2009, sem chances na equipe principal.

Em 2009 recebe chances do Eintratch vendo que ele seria um goleiro extremamente útil para o time. Inicialmente foi reserva do experiente Marjan Petkovic, porém, com uma lesão dele na temporada 2011-12, a chance da titularidade para Davari surgiu e ele a agarrou.

Titular absoluto da campanha da segunda divisão na temporada passada, Davari foi considerado um dos melhores goleiros da segunda divisão ao lado de Thomas Kraft do Hertha Berlin.

Ainda no ano passado, foi convocado pela primeira vez pelo treinador português do Irã, Carlos Queiroz. Por ser filho de pai iraniano, ele pode atuar pela seleção do país, por ter a dupla nacionalidade. Não chegou a atuar em 2012, só em 2013 pelo Team Melli, em alguns amistosos.



Davari é um excelente goleiro, e tem sido um importante destaque do Braunschweig nessa temporada, onde a equipe busca permanecer na primeira divisão. Quanto a seleção iraniana, creio que ele esteja garantido para vir disputar o mundial no Brasil, agora, se será o titular, apenas o tempo e  sua evolução dirão se ele tem potencial para ser o titular do Irã, dado que sua seleção não tem um grande goleiro desde o lendário 
Reza Abedzadeh.



Fiquem com um vídeo de boas defesas de Davari. 

Goleiros Históricos #7 - Luis Gabelo Conejo

A seleção da Costa Rica voltará a um mundial após 8 anos ausente. Um dos grandes ídolos da seleção da América Central na história dos mundiais foi o lendário Luis Gabelo Conejo, conhecido pela alcunha de El Conejo da Suerte.


Nascido no dia 1º de janeiro de 1960, Conejo começou a jogar futebol na equipe do Ramonense, de sua cidade natal. Inicialmente ele era atacante, mas com uma lesão do goleiro de seu time, fizeram com que ele viesse a ser o escolhido para substituí-lo, o que foi uma excelente escolha, pois de lá nunca mais sairia.

Pelo Ramonense jogou por quase uma década, saindo no ano de 1988, quando se transferiria para a equipe do Cartaginés, também da Costa Rica.



Seu primeiro jogo na seleção da Costa Rica ocorreria no ano de 1987, contra a Coréia do Sul.

No Cartaginés ficaria até o ano de 1990, ano que representaria um verdadeiro boom em sua carreira.

A Copa de 1990 seria realizada na Itália. O México seria banido das eliminatórias devido ao escândalo dos Cachirules, na qual escalou jogadores acima da idade regulamentada nas eliminatórias para o mundial sub-20 de 1989. Com isso, os costarriquenhos teriam um caminho mais tranquilo para se classificar ao mundial, sem os tradicionalíssimos mexicanos. Foram os líderes do torneio da CONCACAF, empatados em pontos com os EUA, se qualificando assim para o mundial.


O time de Conejo cairia no grupo C, que ainda tinha Brasil, Escócia e Suécia. Sua primeira partida em mundiais foi com uma vitória, contra a Escócia, em Genoa, onde foi o melhor jogador da partida, vencida por 1x0. No jogo seguinte perderiam pelo placar mínimo para o Brasil, onde mais uma vez, foi uma verdadeira muralha. Porém, nem tudo seriam flores para Conejo naquele mundial.


No jogo contra a Suécia, o mesmo se lesionaria, na vitória da equipe, que selaria a classificação para as oitavas de final. Por mais que ele conseguisse uma recuperação, era impossível que o mesmo disputasse as oitavas, frente a Tchecoslováquia.

O titular seria Barrantes, que não impediria a derrota para os tchecoslovacos por 4x1, na qual brilharia a estrela de Tomáš Skuhravý, que faria um hat trick. Aquela geração costarriquenha, mesmo eliminada, tinha grandes valores, sobretudo o goleiro Conejo, que após o mundial se transferiria para o futebol espanhol, defendendo a equipe do Albacete. Em 1991, participaria da boa campanha da Copa Ouro da Concacaf, onde a Costa Rica seria a quarta colocada, sua última participação internacional pela seleção de seu país.



Pela equipe espanhola, conquistaria a Liga Adelante na temporada 90/91. Sairia no ano de 1994, já aos 34 anos.


Em 1995 a 1996, defenderia o Herediano e no ano seguinte, se aposentaria no mesmo time que o revelou, o Ramonense.

No final da década de 90, a revista France Football elegeria Conejo um dos 100 melhores jogadores da história das Copas do Mundo. E a IFFHS(Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol) elegeria no ano de 2009, Conejo como o 34º melhor goleiro do período entre 1987-2008.

Atualmente é preparador de goleiros na Costa Rica, tendo trabalhado em busca de novos talentos para o futebol local.


Conejo era um goleiro frio, não dava rebote em lances simples, além de ser extremamente arrojado. Seu nome ficará marcado como um dos melhores, se não o melhor, goleiro da história da América Central e com toda certeza, o melhor goleiro da história da Costa Rica.

Fiquem com o vídeo da primeira vitória costarriquenha em mundiais, que conta com uma excelente e decisiva defesa de Luis Gabelo Conejo.


Espero que tenham gostado de mais uma postagem sobre os goleiros históricos!

sábado, 16 de novembro de 2013

A defesa esquecida da Copa de 70.

O Brasil conquistaria em 1970 o tricampeonato mundial, vencendo a Itália na final. A Copa do Mundo, marcada pelas grandes atuações de Pelé, Rivelino, Jairzinho, entre outros. 
Aquela Copa do Mundo também marcaria uma das defesas, senão a defesa, mais espetacular, do futebol em todos os tempos, protagonizada por Gordon Banks, em cabeçada de Pelé.


O brilho da defesa de Banks é inegável. Porém, não foi apenas esta a grande defesa de um goleiro no mundial de 1970. Naquele mesmo mundial, um goleiro belga se destacaria, mesmo com a má campanha de sua seleção. Seu nome é Christian Piot.

Piot foi ídolo do Standard nas décadas de 60 e 70. Foi eleito melhor jogador belga em 1972, ano o qual sua seleção ficou em terceiro lugar na Eurocopa. Se destacou pelos gols que marcou em sua carreira, 10 no total.
Piot nasceu em Ougrée em 1947, cidade que coincidentemente foi a mesma a qual nasceu outro grande goleiro belga, Michel Preud'homme e foi um jogador de apenas um clube, o Standard Liege, o qual fez 305 partidas, além de ter feito nove gols. Pela seleção belga, Piot fez 40 partidas entre 1969 e 1977 e marcou um gol.

A primeira grande defesa de Piot naquele mundial seria na derrota para a União Soviética. Após um chute de longa distância ele realizou uma linda defesa de mão trocada. No trecho 1:53 do vídeo a seguir.


Porém, a defesa mais incrível de Piot naquele mundial foi realizada no dia 11 de junho de 1970, no estádio Azteca. Um tiro a queima roupa, o qual o goleiro de apenas 1,76m mostrou agilidade e reflexos para realizar a intervenção. Uma defesaça, após chute de Javier Fragoso, não tão incrível como a de Banks, mas que rendeu a ele um lugar entre as grandes defesas das histórias das Copas.


Depois de sua aposentadoria, foi sucedido por Jean Marie Pfaff na seleção belga.

Pfaff e Piot
Espero que tenham gostado dessa postagem, e até a próxima!

sábado, 9 de novembro de 2013

O dia em que Neuer calou o Porto

Era dia 5 de março de 2008, uma quarta feira. Dia ideal para a tarde assistir os jogos decisivos das oitavas de final da Uefa Champions League, na temporada 2007-08. 

Lembro ainda que mudando de canal em canal, parei no jogo entre Porto x Schalke 04, que estava sendo disputado no Estádio do Dragão, a casa do Porto. Na primeira partida, em Gelsenkirchen, o Schalke havia vencido por 1x0, com gol do brasileiro naturalizado alemão, Kevin Kurányi. Boa vantagem para o time alemão, que precisava apenas de um empate para se classificar, porém, o jogo era em Portugal, contra um Porto extremamente tradicional e eficaz jogando em seus territórios.

Bem, mas vamos o que interessa. Na época o goleiro do Schalke era um jovem de 22 anos chamado Manuel Neuer, desconhecido na época por grande parte da mídia, porém, já tido como um goleiro promissor, e que naquele jogo surpreendeu a todos, com uma atuação, irretocável.



Percebi que ele tinha um estilo "kamikaze", loucão, se jogava a todo custo, buscando evitar o gol com qualquer parte do corpo, uma filosofia quase semelhante a de Pat Jennings (ex-goleiro da Irlanda do Norte, ídolo do Tottenham e do Arsenal) ou de um Peter Schmeichel. Não, não estou dizendo que ele chegará ou chegou ao patamar dos que citei, e sim no estilo de jogo, que sem dúvidas é bem semelhante.

No jogo, fez defesas impossíveis, lances que associaram reflexos apurados, com arrojo e digamos, sorte, em alguns momentos. Uma das defesas me chamou a atenção, em cabeçada do marroquino Sektioui, na qual Neuer salvou o time com a ponta da chuteira esquerda, após ter se "atirado" tal qual um goleiro de handball.

Lisandro López marcaria aos 41 minutos do segundo tempo, abrindo o placar para o Porto. Com o resultado a partida seria decidida nos pênaltis, que foi o que ocorreu.

Mais uma vez, brilhou a estrela do jovem goleiro alemão. Duas defesas, nas cobranças de Bruno Alves e de Lisandro López. Além disso, os batedores do Schalke foram competentes e não erraram nenhuma cobrança, classificando assim o time de Gelsenkirchen as quartas de final do torneio mais importante de clubes no mundo.



Creio que ali, naquele jogo, começou a nascer e crescer a figura de Manuel Neuer, que ainda viria, com o mesmo Schalke 04 a ser semifinalista do torneio, na temporada 2010-11. Depois disso, se firmou como 1 da seleção alemã, além de ter sido contratado pelo Bayern de Munique, depois de fracassos com Michael Rensing, Thomas Kraft e Hans Jorg Butt.

O atleta tido para muitos como o melhor goleiro do mundo na atualidade, tido também como "traidor" por parte dos torcedores do Schalke, por ter trocado o clube por um rival alemão, ou ídolo dos torcedores do Bayern de Munique, é figura carimbada na seleção alemã, na qual ele ainda não obteve nenhum título, tão sonhado pelos germânicos.

Espero que tenham gostado da postagem. Deixo vocês com o vídeo da atuação de Neuer contra o Porto!

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

O adeus de Mark Schwarzer a seleção australiana

Uma notícia me deixou bem desapontado esses dias: a aposentadoria do goleiro australiano Mark Schwarzer da seleção de seu país. Após 20 anos, nos quais fez 109 jogos. A decisão, do goleiro de 41 anos, que poderia se tornar o goleiro mais experiente a jogar uma Copa do Mundo, em 2014, na qual ele teria 41 anos e 9 meses, superando o goleiro norte irlandês Pat Jennings, que atuou no Mundial de 1986 quando tinha 41 anos, completos no jogo contra o Brasil naquele torneio (no dia 12 de junho).


O goleiro de ascendência alemã começou a carreira no Marconi Stallions, do seu país. Depois teve passagens por Dinamo Dresden e Kaiserslautern, até chegar ao futebol inglês, na equipe do Bradford City. Depois jogou nas equipes do Middlesbrough, no qual participou dos melhores momentos da história do clube, e no Fulham, onde obteve muito destaque. Por clubes, venceu apenas a Copa da Liga Inglesa, pelo Middlesbrough na temporada 2004-05, além dos vices da Copa da UEFA/ Liga Europa, defendendo Middlesbrough e Fulham, respectivamente.

Esperava ver o atual goleiro reserva do Chelsea no Mundial no Brasil. Sua experiência e contribuição para o futebol australiano foram imensos, após ser o heroi contra o Uruguai na repescagem para a Copa de 2006, além de ter sido importante ao levar sua seleção as oitavas daquele torneio, onde foram eliminados com um polêmico gol italiano.

Creio eu que uma partida de despedida dele pela seleção, seria a forma mais justa de homenageá-lo. Justas homenagens para um heroi do esporte australiano e sobretudo um exemplo para novas gerações, de esportista e de pessoa.


E agora? Com quem ficará a 1 da seleção australiana para a Copa do Mundo de 2014? Essa é a grande questão. Mat Ryan, Eugene Galekovic, Mitchell Langerak são alguns dos nomes citados. Além deles, Brad Jones, Adam Federici, Nathan Coe, Mark Brighitti são alguns candidatos, que correm por fora.

Fiquem com um vídeo de grandes defesas do goleiro australiano. Até a próxima postagem do blog!

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Os cinco gols de goleiros na Premier League

Para um goleiro, marcar um gol é algo quase impossível. Nos casos de goleiros como Rogério Ceni e Chilavert, exímios batedores de faltas e de pênaltis, isso não era uma realidade tão distante, mas, e no caso de goleiros que não se aventuram a isso? Que no máximo vão a área tentar um cabeceio? Enfim, a postagem de hoje será sobre os 5 gols de goleiros que ocorreram na Premier League(iniciada na temporada 92-93), seja por "acidente" ou por pura raça e insistência dos mesmos.

O primeiro gol de goleiro na Premier League foi feito na temporada 2001-02, por nada mais nada menos que o dinamarquês Peter Schmeichel, um dos maiores goleiros de todos os tempos, e que na época defendia o Aston Villa, em partida contra o Everton. No rebote da zaga do Everton, a bola sobrou para Schmeichel, que como um centroavante fuzilou o gol, defendido por Paul Gerrard. O gol foi feito na derrota de 3x2 do time de Birmingham para o clube azul de Liverpool. 

O gol diante do Everton foi o 11º em sua carreira. Ele havia marcado 6 gols em 85 e 2 em 87, quando defendia Hvidore e Bronbdy, respectivamente, 1 gol quando defendia o Manchester United  na temporada 1995-96, 1 gol pela seleção dinamarquesa em 2000 e esse em 2001.
O segundo goleiro artilheiro da Premier League foi do veterano norte-americano Brad Friedel, que atualmente defende o Tottenham Hotspurs. O gol, feito na época em que ele defendia o Blackburn Rovers, foi assim como o de Schmeichel em aventuras na área, no qual Friedel conseguiu após confusão na grande área desviar a bola de letra, para o fundo das redes do irlandês Dean Kiely, na temporada 2003-04, empataria o jogo contra o Charlton Athletic, porém, o time londrino conseguiu reverter o empate, vencendo por 3x2.
Esse foi o único gol da carreira de Friedel, que já se aventurou outras vezes na área, sem sucesso.
O terceiro gol de goleiro foi marcado pelo inglês Paul Robinson, que atualmente joga pela equipe do Blackburn Rovers e que recentemente passou por sérios problemas de saúde, relacionados a um coágulo sanguíneo pulmonar. O gol feito na época em que ele defendia o Tottenham Hotspurs, na temporada 2006-07 foi contra o Watford, em vitória do time londrino por 3x1. O gol foi curioso: após falta no campo de defesa dos Spurs, Robinson despachou para frente e contou com um "quique" da bola e com a desatenção do goleiro Ben Foster (atualmente no West Bromwich Albion).

O gol foi o segundo de Robinson, que havia marcado de cabeça, quando defendia a equipe do Leeds United, contra o Swndon Town, pela Copa da Liga Inglesa, temporada 2003-04.
O quarto gol foi feito por mais um norte americano, Tim Howard, que defende atualmente o Everton. O gol foi marcado na temporada 2012-13, na derrota por 2x1 para o Bolton Wanderers. O gol foi depois de um recuo feito por Distan, no qual Howard despachou pra frente e contando com uma ajuda do vento e do goleiro do Bolton, o húngaro Adam Bogdán. O mais curioso é que diferente dos outros três citados, Howard não comemorou e afirmou que não havia sido uma situação bacana e foi por isso que não comemorou. Isso mostra o exemplo de Goalkeeper Union, citado em algumas postagens atrás.


O quinto e até agora último gol de goleiro na Premier League foi marcado pelo bósnio Asmir Begovic, do Stoke City, em partida contra a equipe do Southampton. O gol ficará marcado como o gol de goleiro mais rápido da história do futebol inglês, e talvez mundial, marcado aos 13 segundos de jogo, após despachar um recuo, contando com a colaboração do goleiro polonês dos Saints Artur Boruc.

Assim como Howard, Begovic não comemorou e após o jogo cumprimentou o companheiro de posição, Boruc.


A seguir os vídeos dos cinco gols de goleiros na Premier League! No primeiro os 4 primeiros citados e o segundo com o gol de Begovic.


domingo, 3 de novembro de 2013

Goleiros Históricos #6 - Mark Bosnich

Mark Bosnich foi o primeiro goleiro australiano a se destacar no futebol inglês, isso na década de 90.

Com diversas polêmicas em sua carreira, foi um dos grandes da ida de jogadores da Austrália ao futebol inglês.

Bozza, como ele é apelidado, nasceu em 1972, na cidade de Sydney. Iniciou sua carreira na equipe do Sydney Croatia (time semi-profissional da colônia croata na Austrália) e sempre se mostrou um goleiro promissor.

No ano de 1989, aos 17 anos, decide se aventurar na equipe do Manchester United, comandada na época por Alex Ferguson. Devido a inexperiência e a concorrência com goleiros mais experientes como o escocês Jim Leighton e o inglês Les Sealey fizeram com que o australiano deixasse a equipe de Manchester em 1991 tendo feito apenas 3 jogos pela equipe. O destino de Bosnich foi a volta para o time do Sydney Croatia.


Menos de um ano depois de voltar à Austrália, surge a proposta do Aston Villa, tradicional clube inglês, mas não se fixou na primeira temporada, concorrendo novamente com Les Sealey, que havia sido emprestado ao clube de Birmingham. O goleiro australiano só veio a se fixar na equipe de Birmingham na temporada seguinte, tendo seu  auge na temporada 1993-94, na qual  foi decisivo no título da Copa da Liga Inglesa daquela temporada. Nas semifinais, defendeu três cobranças contra o Tranmere Rovers na semifinal e foi decisivo na final, justamente contra seu ex-time, o Manchester United. Naquele ano, ele se envolveria em uma polêmica, relacionada ao fim de seu casamento, dado que para muitos, o casamento dele que foi realizado em 1992 seria de conveniência, para que ele pudesse tirar o visto de trabalho na Grã Bretanha.


Decisivo nas temporadas seguintes, evitou o rebaixamento do time em 1995-96, além de ter faturado novamente a Copa da Liga Inglesa, em final contra o Leeds United. No ano de 1996 se envolveria em mais uma polêmica, na qual provocou torcedores do Tottenham Hotspurs, clube de Londres conhecido por ter muitos torcedores judeus, com uma saudação nazista. Bosnich foi multado em 1000 libras.


No ano de 1999, com o fim do contrato com o Aston Villa, voltaria ao Manchester United, que na época estava sem Peter Schmeichel, que havia se transferido para o Sporting Lisboa. Durante sua primeira temporada, foi figura importante no título inglês dos Red Devils e principalmente na conquista da Copa Intercontinental daquele ano, em vitória sobre a equipe do Palmeiras. Naquele mesmo ano, se envolveria em mais uma polêmica, bem curiosa: ele às vésperas de seu segundo casamento, teria se envolvido em uma confusão em uma boate de strip, em sua despedida de solteiro, tendo sido preso e liberado para o casamento horas antes do início do mesmo. O casamento de Bosnich duraria apenas 1 ano e 2 meses.

A passagem de Bosnich pelo United seria tão curta como a primeira. Após a contratação do francês Fabien Barthez, em 2000, Bozza perdeu seu espaço no United, sendo relegado a reserva do goleiro francês, que na época tinha sido campeão europeu com sua seleção. Depois de negar um empréstimo a equipe escocesa do Celtic, permaneceu no time até 2001, quando foi vendido ao Chelsea. Segundo Alex Ferguson revelou em sua autobiografia, lançada esse ano, Bosnich era um terrível profissional, sobretudo nos problemas relacionados a disciplina, sobretudo alimentar, dado que o australiano sempre vivia acima do peso ideal.


No Chelsea, sofreu com lesões, jogando apenas 5 jogos em sua passagem, encerrada em 2001. Além disso, se envolveria com drogas, no caso, a cocaína que o prejudicaria bastante, além de ter gerado uma suspensão de quase 1 ano para o australiano, que em 2003 decide abandonar o futebol.


O vício nas drogas quase fizeram com que o mesmo matasse seu pai, ameaçando o mesmo com um rifle. Após se recuperar do vício, passou a voltar a treinar em 2007, no QPR e no ano seguinte, passaria a ser goleiro do Central Coast Mariners, clube da A-League. Na sua estréia, defendeu um pênalti.



No seu país natal, mesmo com 35 anos, foi destaque em algumas partidas, porém seu treinador optaria pelo jovem Danny Vukovic. Em 2009 jogaria pelo Sydney Olympic, time de sua cidade natal, time de imigrantes gregos que disputa divisões inferiores a A-League. Após uma lesão no tendão, Bosnich decide abandonar de vez o futebol.

Pela seleção australiana, jogou 17 partidas entre 1993-2000, tendo marcado inclusive um gol em goleada nas eliminatórias da Copa de 1998, contra as Ilhas Salomão. Nunca disputou mundiais, apenas as Olimpíadas em 1992 em Barcelona e a Copa das Confederações em 1997, na qual sua seleção foi vice campeã, perdendo a final para o Brasil. Perderia a titularidade australiana para outro goleiro que já atuava no futebol inglês: Mark Schwarzer.



Atualmente, Bosnich é agente de jogadores e comentarista esportivo no canal Fox Sports da Austrália.

Espero que tenham curtido essa postagem sobre mais um goleiro da história.

Fiquem com o vídeo da brilhante atuação de Bosnich nos pênaltis da semifinal da Copa da Liga Inglesa da temporada 1993-94.